Galáxia
é um grande conjunto de bilhões de estrelas todas interagindo
gravitacionalmente e orbitando ao redor de um centro comum. Todas as
estrelas visíveis a olho nu (numa faixa esbranquiçada do céu) na
superfície terrestre pertencem à Via Láctea. O Sol é apenas uma
estrela dessa galáxia. Além de estrelas e planetas, as galáxias
contêm cúmulos ou aglomerados estelares, hidrogênio atômico,
hidrogênio molecular, moléculas compostas de hidrogênio,
nitrogênio, carbono e silício, entre outros elementos, além de
raios cósmicos.
CLASSIFICAÇÃO DAS
GALÁXIAS
As galáxias diferem bastante entre si, mas a
grande maioria têm formas mais ou menos regulares quando observadas
em projeção contra o céu, e se enquadram em duas classes gerais:
espirais e elípticas. Algumas galáxias não têm forma definida, e
são chamadas irregulares. Atualmente se sabe que as galáxias nascem
nas regiões de maior condensação da matéria escura. A
distribuição destas condensações é aleatória. Se há assimetria
na distribuição das condensações em uma região do espaço, a
força de maré produzida pela assimetria gera momentum angular na
nuvem, e uma galáxia espiral se forma. Se a distribuição local é
simétrica, não haverá momentum angular líquido, e uma galáxia
elíptica se forma.
Um dos primeiros e mais simples esquemas de
classificação de galáxias, que é usado até hoje, aparece no
livro de 1936 de Edwin Hubble, The Realm of the
Nebulae, baseado no esquema proposto por John Henry Reynolds
(1874-1949) em 1920 (Photometric measures of the nuclei of some
typical spiral nebulae, Monthly Notices of the Royal Astronomical
Society, 80, 746)O esquema de Hubble consiste de três sequências
principais de classificação: elípticas,
espirais e espirais barradas. Nesse
esquema, as galáxias irregulares
formam uma quarta classe de objetos.
Jan
Hendrik Oort (1900-1992) demonstrou que as galáxias não estão
distribuídas aleatoriamente no espaço, mas concentram-se em grupos,
como o Grupo
Local, que contém cerca de 50
galáxias, e grande cúmulos,
como o grande cúmulo de Virgem, que contém 2500 galáxias.
Oort
demonstrou também que as 2500 galáxias do cúmulo de Virgem,
movendo-se a 750 km/s, são insuficientes por um fator de 100
para manter o cúmulo gravitacionalmente estável, indicando
novamente que a matéria escura deve ser dominante.
Recentemente a detecção pela emissão de
raio-X dos gás quente no meio entre as galáxias dos cúmulos indica
que um terço da matéria originalmente chamada de escura é na
verdade gás quente. Mas pelo menos dois terços da matéria escura
não pode ser bariônica, ou a quantidade de hélio e deutério do
Universo teria que ser diferente da observada, como explicitado no
capítulo de Cosmologia.
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